SEGUNDA GERAÇÃO DE COMPUTADORES (1953-1964)
Era necessário evoluir. Os gigantes computadores daquela época não estavam sendo
rentáveis, por causa das frequentes manutenções que deveriam ser feitas. As válvulas
deveriam ser substituídas por algo que ocupava um espaço menor e que não superaquecesse
tanto.
Foi então que os
transistores (criados em 1947 pela empresa Bell Laboratories) passaram a fazer
parte dos painéis dos computadores. Estes componentes eram feitos a partir de
materiais sólidos conhecidos como “Silício”. Exatamente, os materiais
utilizados até hoje em placas e outros componentes, extraídos da areia
abundante.
Um transistor era capaz de
substituir dezenas de válvulas, o que ocasionou na compactação dos fios e cabos
elétricos e consequentemente na diminuição dos computadores, que se tornaram
até cem vezes menores que os da Primeira Geração. Além disso, os computadores se
tornaram muito mais rápidos (a velocidade passou para milionésimos de segundos).
Outra grande vantagem dos computadores da Segunda Geração com relação aos da primeira é
que eles eram muito mais econômicos, tanto no preço das peças, quanto no
consumo de energia.
Foi também na Segunda Geração que
os conceitos de Unidade Central de Procedimento (CPU), memória, linguagem de
programação e entrada e saída foram criados. Além disso, houve a mudança
da linguagem de máquina para a linguagem assembly, também conhecida como
linguagem simbólica. Esta linguagem possibilita a utilização de mnemônicos (comandos
abreviados) para representar as instruções de máquina. Logo em seguida vieram
as linguagens de alto nível, como, por exemplo, Fortran e Cobol. No mesmo
período surgiu o armazenamento em disco, complementando os sistemas de fita
magnética e possibilitando ao usuário acesso rápido aos dados desejados.
Os computadores da Segunda Geração podem ser divididos em duas categorias: supercomputadores e mini-computadores:
SUPERCOMPUTADORES
Os supercomputadores foram máquinas que inovaram na arquitetura. Até então, a expansão da eficiência dos computadores estava limitada pelo processamento escalar, que impedia o processador central de realizar outra atividade enquanto não concluísse a atividade que estava realizando. Os supercomputadores acabaram com essa barreira, e foram os primeiros a utilizarem formas de processamento paralelo, isto é, processamento no qual o processador pode realizar atividades em simultâneo.
Alguns SUPERCOMPUTADORES:
LARC (Livermore Advanced Research Computer): Em
1960, o LARC foi revelado. Ele não pode ser considerado como o primeiro
supercomputador, porque sua configuração não foi tão potente como o esperado,
mas é considerado a primeira tentativa de construção de um supercomputador. Seu
inventor foi Remington Rand. No momento de sua invenção, era o computador mais
rápido ao redor. O LARC tinha 2 Unidades Centrais de Processamento (CPU), um
processador de I / O (entrada / saída), um poder
de memória central de 8 bancos, que guardava 20 mil palavras.
IBM
7030: O IBM 7030, conhecido também como Strech, foi desenvolvido pela
IBM e foi primeiro supercomputador lançado na Segunda Geração. Seu tamanho era
bem reduzido comparado com máquinas como o ENIAC, podendo ocupar apenas uma
sala comum. Ele era utilizado por grandes companhias, custando em torno de 13
milhões de dólares na época. Este supercomputador executava cálculos em
microssegundos, o que permitia até um milhão de operações por segundo.
Desta maneira, um novo patamar de velocidade foi atingido. Comparado com os da
Primeira Geração, os supercomputadores, como o IBM 7030, ofereciam maior
confiabilidade. Muitos Mainframes (modo como as máquinas dessa época são
chamadas) ainda estão em funcionamento em várias empresas no dias de hoje, como
na própria IBM.
CDC 6600: Podemos dizer
que a evolução dos supercomputadores começou com o CDC 6600. Ele foi projetado
por Seymour Cray, o homem considerado como o criador de supercomputadores, para
a Data Control Corporation, em 1964. O CDC 6600 possuía 1 CPU para operações
aritméticas e lógicas, diferentes processadores mais simples (I / O
processadores ou processadores periféricos) para outras tarefas. Além disso,
seus processadores podiam trabalhar paralelamente. Este supercomputador foi considerado o mais rápido até 1969.
A redução de tamanho dos computadores levou ao surgimento dos mini-computadores.
Alguns MINI-COMPUTADORES:
PDP-5: Em 1963 foi lançado pela empresa americana DEC (Digital Equipament Corporation), o primeiro mini-computador, o PDP-5.
PDP-8: PDP-8 foi um
dos mini-computadores mais conhecidos da Segunda Geração. Basicamente, foi uma
versão mais simples do supercomputador, sendo mais atrativo do ponto de vista
financeiro (centenas de milhões de dólares). Foi construído com núcleos
magnéticos e trtansistores. Eram menores do que os supercomputadores, mas mesmo
assim ainda ocupavam um bom espaço no cômodo.
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